O Dream Valley,
festival de música eletrônica que
ocorreu nos dias 16 e 17 de novembro, acabaram por trazer diversos
benefícios ao setor de comércio e hotelaria na cidade de Penha em Santa
Catarina.
Não foi só a
organização do festival que teve de se preparar para receber as cerca de
50 mil pessoas que passaram pelo Beto Carrero World durante
os dois dias de festa. A hotelaria e o comércio da cidade de apenas 25
mil habitantes sentiu fortemente os reflexos do festival.
Exemplo disso é que em todo o município não havia mais vagas para
hospedagem. A Associação de Hotéis e Restaurantes de Penha (Ahorepe) tem
20 estabelecimentos filiados, entre pousadas e hotéis, o que soma dois
mil leitos. De acordo com a ex-presidente e atual representante do
conselho fiscal da entidade, Margarete Sá, não havia vagas em nenhum deles.
Além destes, a cidade possui ainda cerca de 500 leitos de
estabelecimentos não filiados e a informação é de que também estavam todos
lotados. Margarete explica que nessa época do ano, como é feriado, a
cidade costuma receber muitos turistas, mas sempre há uma ou outra vaga,
o que não ocorreu desta vez.
As vagas começaram a ser preenchidas em agosto, quando iniciou a
venda dos primeiros lotes de ingressos para o festival. Além de
representar hotéis cheios, o Dream Valley também significa faturamento
extra.
Margarete, que é dona de um hotel e uma pousada em Penha, conta que estava cobrando diárias até 50% mais caras durante os dias de festival em relação à alta temporada.
O acréscimo se deve ao investimento que ela teve de fazer para
implantar um sistema de pulseiras, para identificar os hóspedes, devido
ao entra e sai, e a contratação de seguranças. Mesmo assim, segundo ela,
nenhum cliente reclamou do valor. Pelo contrário, não demorou nada até o
local ficar lotado.
Outro diferencial implantado para o público da Dream Valley foi o
horário do serviço de quarto. A rede hoteleira do município costuma
receber mais famílias, por isso teve de atrasar o horário de arrumação
dos quartos.
- Estamos adaptando a rotina, a camareira por exemplo começou a passar à
noite, no horário que eles estavam na festa. De manhã não tinha como,
estavam todos dormindo - explica.
Segundo ela, o público que lotou a cidade nos dias do festival eram, na
maioria, jovens, solteiros e de classe média para alta. Muitos
vieram do Paraná e São Paulo e ficaram durante todo o feriado.
Os reflexos de tal feito acabaram por favorecer a cidade e torná-la mais popular entre os destinos do estado, o que acarretou em um crescimento significativo no crescimento do turismo na região.
Fonte: O Sol Diário